quinta-feira, 24 de junho de 2010

SÍNDROME DE MARFAN



Distúrbio hereditário que afeta os sistemas esquelético e cardiovascular, olhos e em certo grau o sistema nervoso central. É de herança genética com transmissão autossômica dominante. Em outras palavras, sabemos que a doença é genética porque podem existir várias pessoas afetadas na família e denomina-se autossômica dominante porque apenas uma mutação em um dos alelos é necessária para ocorrerem as manifestações clínicas.
Todos nós temos 46 cromossomos (o conjunto de material genético), ou seja, 23 pares de cromossomos, um herdado da mãe e o outro do pai. Esses pares de cromossomos são iguais e os genes ocupam sempre o mesmo lugar em ambos.
Cada gene que ocupa o mesmo lugar é chamado de alelo. Assim, uma mutação (alteração no código genético) em apenas um dos alelos é necessária para observarmos as características clínicas em uma doença autossômica dominante.
Esta mutação pode ter sido herdada, e então ou o pai ou a mãe deve ter manifestações clínicas também, ou ter acontecido pela primeira vez, à qual chamamos de mutação nova. Uma vez portador da mutação e das características clínicas a chance de transmiti-la para os filhos é de 50%.

A Síndrome de Marfan tem um quadro clínico muito variado observado em uma mesma família e em famílias diferentes. A este fato chamamos de expressividade variável e ele é importante porque nem sempre um indivíduo afetado tem todas as características clínicas. Por isso é necessário examinar cuidadosamente os pais e os familiares próximos.
Da mesma forma que um indivíduo discretamente afetado pode vir a ter um filho muito acometido, ou vice-versa.

As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais:
*o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica;
*o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação da aorta; e
*o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino.

A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.Sabendo que um determinado gene seria o responsável por estas manifestações clínicas e que um gene sempre comanda a fabricação de uma proteína, os pesquisadores se concentraram em descobrir que proteína seria comum aos ossos, olhos e coração, e no final dos anos 80 descobriram a existência de uma proteína chamada fibrilina, que faz parte do tecido de sustentação dos órgãos. Ela está presente em grande quantidade nos ligamentos que unem os ossos nas articulações e seguram as lentes dos olhos, chamadas de cristalino, assim como na camada interna das artérias, principalmente da maior artéria do corpo humano, chamada de aorta.

Sintomas:

-antecedentes familiares da síndrome de Marfan
-estrutura corporal alta e magra
-membros longos e delgados
-campo de alcance dos braços significativamente maior que a altura do corpo
-dedos longos, como aranha (aracnodactilia)
-tórax em funil (peito escavado) ou peito de pomba (peito carinado)
-escoliose
-defeitos visuais
-pé chato
-incapacidade de aprendizagem/problemas escolares
-rosto fino e delgado
-micrognatia (mandíbula pequena)
-coloboma da íris
-hipotonia

Sinais e exames:

Um exame físico pode revelar:
-frouxidão articular (articulações hipermóveis)
-miopia
-deslocação do cristalino (ectopia do cristalino)
córnea deformada (plana)
-esclera azulada
-descolamento da retina

Também pode haver sinais de :
-base aórtica dilatada
-insuficiência aórtica
-aneurisma aórtico dissecante
-prolapso da válvula mitral
-outros aneurismas aórticos (torácico ou abdominal)
Tratamento:

Não existe um tratamento curativo único para esta condição.

Os defeitos visuais devem ser corrigidos onde possível.
Deve-se tomar cuidado para prevenir o desenvolvimento de escoliose, especialmente na adolescência.
As anormalidades cardiovasculares são as mais preocupantes.
As pessoas com síndrome de Marfan devem receber antibióticos antes de procedimentos dentários para prevenir uma endocardite.
A gestação em mulheres afetadas deve ser monitorizada atentamente devido ao aumento de estresse no coração e aorta.
As crianças não devem participar de programas de exercícios extremos devido ao risco de aneurisma aórtico.

Expectativas (prognóstico):

A expectativa de vida é reduzida devido às complicações cardiovasculares.
A sobrevivência chega até os 40 anos mas pode ser estendida com bom cuidado e cirurgia cardíaca.
Complicações:
-aneurisma aórtico dissecante
-ruptura aórtica
-endocardite bacteriana
-insuficiência cardíaca

Solicitação de assistência médica:

Solicite assistência médica se tiver antecedentes familiares da síndrome de Marfan e estiver considerando a idéia de ter filhos. Solicite assistência médica também se seu filho apresentar sintomas que sugerem esta síndrome.

sábado, 19 de junho de 2010

ESCOLIOSE

Nas crianças em fase de crescimento, os ossos podem apresentar desalinhamentos. Esses problemas incluem a escoliose, na qual a coluna vertebral encurva-se anormalmente, e vários problemas que afetam o osso do quadril, o fêmur, os joelhos e os pés. Freqüentemente, o problema sofre resolução espontânea, mas, algumas vezes, ele é causado por um distúrbio que deve ser tratado.

Sintomas e Diagnóstico

Geralmente, uma escoliose discreta não causa sintomas. A pessoa pode sentir fadiga nas costas após permanecer muito tempo sentada ou em pé. A fadiga pode ser seguida por dor muscular nas costas e, finalmente, por uma dor mais intensa.
As curvaturas, em sua maioria, são convexas para a direita na parte superior das costas e para a esquerda na parte inferior. Um quadril pode estar mais alto que o outro. Uma escoliose discreta pode ser detectada durante um exame físico de rotina na escola. Um dos genitores, um professor ou um médico pode suspeitar de uma escoliose quando uma criança apresenta um ombro que parece mais alto que o outro ou quando suas roupas não tem um caimento adequado.
Para diagnosticar esse problema, o médico pede à criança que ela se incline para frente e observa a coluna vertebral por trás, pois a curvatura anormal pode ser mais facilmente visualizada nessa posição. As radiografias ajudam a confirmar o diagnóstico.

Prognóstico e Tratamento

O prognóstico depende da localização da curvatura, de sua gravidade e de quando começaram os sintomas. Quanto mais grave a curvatura, maior a probabilidade de piora do quadro.
Metade das crianças com escoliose perceptível devem ser tratadas ou acompanhadas rigorosamente por um médico.
O tratamento imediato pode evitar uma maior deformidade.
Habitualmente, a criança com escoliose é tratada por médico ortopedista. A criança pode usar uma colete ou um aparelho gessado para manter a coluna vertebral reta. Algumas vezes, o médico realiza uma estimulação elétrica da coluna vertebral, através de pequenas correntes elétricas aplicadas nos músculos espinhais que induzem a coluna vertebral a permanecer reta. Algumas vezes, é necessária a realização de uma cirurgia, na qual as vértebras são fundidas. Uma haste metálica pode ser inserida durante a cirurgia para manter a espinha reta até ocorrer a fusão das vértebras.
A escoliose e seu tratamento podem causar problemas psicológicos, colocando em risco a auto-imagem do adolescente. O uso de um colete ou de um aparelho gessado pode preocupar o adolescente por fazê-lo sentir-se diferente e a hospitalização e a cirurgia podem ameaçar a sua independência. No entanto, renunciar a essas soluções poderia acarretar uma deformidade evidente e permanente. O aconselhamento e o apoio podem ser úteis.







A escoliose não deve ser confundida com má postura. Quando a causa é desconhecida ela recebe o nome de escoliose idiopática.
Aproximadamente 85% das escolioses são idiopáticas. É a grande maioria.
Durante a infância, a escoliose afeta meninos e meninas. Na fase adolescente, as meninas são 5 a 8 vezes mais afetadas pela escoliose. Entretanto, 90% dos casos de escoliose idiopáticas são devidos a acréscimos moderados da curvatura da coluna e, geralmente, não são contemplados com tratamento intensivo.
Durante a juventude, geralmente, a escoliose não apresenta processos de dor. Se a escoliose não for corrigida, na fase adulta,podem ocorrer dores nas costas.
No plano das costas, parte da musculatura atua mantendo a coluna reta e estável. Para isso a natureza fez esses músculos aos pares e simétricos.
Quando um músculo fica mais tensionado que o seu par, ele acaba puxando a coluna para o seu lado e, assim, provoca a escoliose.
Para os casos onde as deformidades da coluna não forem causadas por doenças nos ossos ( osteoporose, tuberculose etc ) ou deformações nas vértebras, é obvio que o tratamento deve reconduzir a coluna para a posição normal e, através da fisioterapia, desenvolver a musculatura interessada para mantê-la na posição corrigida.
A recondução da coluna para a sua posição normal poderá ser feita facilmente com o emprego de uma força de tração na mesma. A tração aumenta o espaço entre as vértebras e alem disso reduz a curvatura nos pontos críticos. A aplicação de tração na coluna é uma forma engenhosa para promover o seu "endireitamento" sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos. Na figura abaixo mostra-se a ação física de uma força de tração na coluna.


QUAL É A CAUSA DA ESCOLIOSE?

Em cerca de 70% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. As escolioses idiopáticas acometem cerca de oito vezes mais as meninas que os meninos.
A freqüência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 e 80%, sendo 40% o índice mais freqüentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial, podendo associar retardo de maturação do sistema de equilibração e problemas metabólicos.
Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por más-formações, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc.

Tratamento

O tratamento das escolioses baseia-se, dentre outros fatores, na idade, na flexibilidade, na gravidade da curva e na sua etiologia, compreendendo a correção das deformidades, com tratamento conservador, que inclui fisioterapia e utilização de coletes, adaptação de palmilhas posturais que incrementam a eficácia e o tempo do tratamento (Podoposturologia) ou o tratamento cirúrgico (Tribastone, 2001). Na opção de tratamento conservador a fisioterapia utiliza-se dos benefícios da R.P.G. ou Reeducação Postural Global, como método que corrige ou minimiza a escoliose através da identificação da causa do problema.


Síndrome de Turner

A síndrome de Turner é bastante rara e ao contrário da síndrome de Klinefelter afeta apenas indivíduos de sexo feminino e não possui cromatina sexual, são monossomicos, ou seja, em exames de seu cariótipo revelou a presença de 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X. Sendo seu cariótipo representado por 45,X.
A ST ocorre em apenas 1 mulhere entre 3.000 nascimentos, devido ao grande número de abortos que chega ao índice de 90-97,5%).
O surgimento da sindrome pode surgir quando esta ausente o cromossomo x paterno no espermatozóide.
As meninas com esta Síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. A constituição cromossômica mais freqüente é 45, X sem um segundo cromossomo sexual, X ou Y.


Cariótipo

Característica do Portador


Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; linha posterior de implantação dos cabelos baixa (na nuca) ; pescoço alado; retardamento mental; genitálias permanecem juvenis; ovários são atrofiados e desprovidos de folículos, portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis; devido à deficiência de estrógenos (hormônio feminino) elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, tem amenorréia primária); grandes lábios despigmentados; pêlos pubianos reduzidos ou ausentes; desenvolvimento pequeno e amplamente espaçados da mamas ou mamas ausentes; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo em forma de barril; anomalias renais, cardiovasculares e ósseas No recém nascido, há freqüentemente edemas nas mãos e no dorso dos pés, que leva a suspeitar de anomalia.
Não exibem desvios de personalidade, ou seja, sua identificação psicossocial não é afetada.



PESCOÇO ALADO Pêlos pubianos reduzidos


ou ausentes(baixa estatura)
Tratamento
Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógeno para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.

GUILLAIN_BARRÉ

A síndrome de Guillain-Barré ou polineurite ascendente aguda, é uma doença caracterizada por fraqueza muscular progressiva que pode levar à paralisia, causada provavelmente por uma reação auto-imune.


Sintomas
fraqueza, formigamento e perda da sensibilidade nos dois membros inferiores que em seguida afeta os membros superiores, os músculos respiratórios, os músculos do sintema gastrointestinal incluindo os músculos responsáveis pela deglutição e os da face. É comum a paralisia dos movimentos oculares, marcha difícil e desaparecimento dos reflexos normais.

Quando a doença é grave, a pressão arterial pode oscilar e paciente pode apresentar uma alteração do ritmo cardíaco ou outras disfunções do sistema nervoso autônomo.
Esta condição exige hospitalização imediata já que pode piorar rapidamente.

Fisiopatologia

* Ocorre inflamação aguda e desmielinização de fibras periféricas sensoriais e motoras.* Os aspectos patológicos, dependentes de lesões inflamatórias, caracterizam-se por congestão, edema e infiltração de células mononucleares.* A síndrome está associada a ataque auto-imune, no qual o sistema imune da própria pessoa gera anticorpos contra as células de Schwann. Nos casos mais graves a desmielinização segmentar é tão extrema que os axônios subjacentes também se degeneram.* A destruição das células de Schwann impede a condução de sinais elétricos ao longo das vias sensoriais e motoras do sistema nervoso periférico.

Apresentação Clínica

* As manifestações clínicas da SGB costumam se instalar de maneira incidiosa, traduzindo-se, em geral, por astenia, ligeira hipertermia, sintomas de infecção respiratória banal ou do tipo digestivo, dores articulares e/ou musculares.
* Seu progresso é proximal e simétrico, podendo comprometer todos os grupos de músculos, inclusive dos membros superiores, do tronco e da face.
* Quase 50% dos pacientes tem atrofia dos músculos faciais.
* O comprometimento dos nervos bulbares pode determinar disfagia, disartria e disfonia, além de desordens cardiorrespiratórias.
* A paralisia dos músculos respiratórios, ocasionando queda da capacidade vital, ocorre em 30% dos pacientes.
* 42-75% dos pacientes têm alguma alteração na sensibilidade: hipersensibilidade ao toque.
* A disfunção autônoma acontece em certos casos mais graves e pode levar a óbitos súbitos não esperados, normalmente devido a arritmias cardíacas.
* A dor é uma característica frequente que aparece muito cedo no distúrbio, sendo proeminentes em alguns casos: dor profunda em queimação.
* Sintomas adicionais que podem estar associados à SGB:
* Visão embaçada
* Tontura
* Constipação
* Incontinência Urinária
* Palpitações
* Sintomas que exigem emergência:
* Dificuldade de deglutição, babar em excesso
* Dificuldade respiratória
* Ausência temporária de respiração
* DesmaioEvolução
* Para ser classificada como SGB, o tempo transcorrido desde o início até a incapacidade máxima deve ser menor que 4 semanas.
* Primeira fase: instalação, 7-10 dias.
* Segunda fase: período de estado, 2-4 semanas.
* Terceira fase: resolução da sintomatologia, 2-3 semanas.

Prognóstico

* A síndrome é de ciclo autolimitado e a recuperação costuma ser completa na maior parte dos casos. No entanto, sequelas, como déficits motores e hipotrofias musculares, podem ocorrer em um número reduzido de casos.
* Cerca de 3% dos pacientes com a SGB morrem por insuficiência cardíaca ou respiratória.

Complicações

* Contraturas peri-articulares: causa importante de incapacidade residual.
* Insuficiência respiratória.
* Colapso vascular.

Diagnóstico

* O diagnóstico deve se basear nos dados clínicos e no exame do líquido cefalorraquidiano (LCR).
* O LCR é o exame fundamental para o diagnóstico devido ao achado patognômico de dissociação proteíno-citológica, sendo que a hiperproteinorraquia perdura durante meses.

Diagnóstico diferencial

* Deve ser considerado principalmente com a poliomielite aguda (nas crianças e nos jovens) e com as manifestações nervosas da porfiria aguda intermitente.

Exames Complementares

* O exame neuromuscular evidencia disfunção motora e pode também evidenciar a disfunção de funções involuntárias do corpo.
* A VCN (velocidade de condução nervosa) indica desmielinização.
* A EMG evidencia falta de estimulação nervosa.
* O ECG pode, em alguns casos, evidenciar anormalidades.

Tratamento

* A abordagem multiprofissional de resolução dos problemas é recomendada no tratamento da incapacidade, de modo a maximizar a função.
* Compreende medidas fisioterapêuticas, cuidados respiratórios (desde que necessários) em unidades especializadas.

* Tratamento clínico:
plasmaférese e a imunoglobulina.

Tratamento Fisioterapêutico

* Os aspectos importantes da conduta fisioterapêutica são:
-prevenção de contraturas, controle da dor e cuidados respiratórios.
* A fisioterapia é, em geral, direcionada para o alongamento e para o alcance dos movimentos durante a fase aguda da doença.
* Na fase de reabilitação, a fisioterapia é direcionada para o fortalecimento e funcionalidade dos movimentos.
* Quando recomeçam a aparecer os movimentos voluntários, os exercícios devem ser leves, para prevenir as lesões por sobrecarga dos músculos parcialmente desnervados.
* Em alguns casos, o paciente pode ser ventilado e o papel do fisioterapeuta é ajudar a prevenir a atelectasia quando a respiração está comprometida. É essencial monitorar os pacientes vulneráveis.
* Facilitação neuromuscular propioceptiva.
* Movimentos grandes, na média da amplitude têm propriedades de mitigação da dor.

Conclusão

* Por muito tempo acreditou-se que a SGB fosse puramente desmielinizante. Atualmente, são reconhecidas também formas axonais desta enfermidade.
* Por ser de etiologia desconhecida, não há nenhuma maneira conhecida de prevenção.
* Sendo de evolução rápida e de grande incidência sobre a população, deve ser dada verdadeira importância a essa síndrome.
* A ampla gama e a natureza constantemente mutável dos problemas, salientam a necessidade de intervenção multiprofissional integrada e coordenada para o tratamento bem-sucedido da SGB.
* Para o fisioterapeuta, os pacientes com SGB constituem um desafio, para o qual a melhor conduta é a abordagem de resolução de problemas

FIBROMIALGIA

O que é a fibromialgia?

Fibromialgia é uma desordem que causa dor muscular e fadiga. Pessoas com fibromialgia tem "pontos sensíveis" no corpo, que são lugares específicos no pescoço, ombros, costas, braços, quadril e pernas. Esses pontos doem quando pressionados.

Pessoas com fibromialgia também têm outros sintomas como:* Problema para dormir.* Falta de flexibilidade pela manhã.* Dor de cabeça.* Ciclos menstruais doloridos.* Formigamento ou falta de sensibilidade nas mãos e pés.* Problemas de raciocínio e memória.

CAUSAS
As causas da fibromialgia são desconhecidas. Há vários fatores envolvidos. Fibromialgia tem sido relacionada a:* Eventos estressantes ou traumáticos, como acidente de carro.* Lesões repetitivas.* Certas doenças.Fibromialgia também pode acontecer por si mesma. Alguns cientistas acreditam que um gene, ou genes, poderiam ter envolvimento sobre a fibromialgia. Os genes poderiam fazer a pessoa reagir fortemente a coisas que outros poderiam não achar doloroso.

Quem é afetado pela fibromialgia?
Fibromialgia afeta até 1 em cada 50 americanos. A maioria das pessoas com fibromialgia são mulheres. Porém, homens e crianças também podem ter essa desordem. A maioria das pessoas é diagnosticada durante a meia idade.Pessoas com certas doenças podem ter maior probabilidade de ter fibromialgia. Essas doenças incluem:* Artrite reumatóide.* Lupus eritematoso sistêmico.* Artrite espinalMulheres que têm algum membro da família com fibromialgia possuem maior probabilidade de também sofrerem essa desordem.

Como é o tratamento da fibromialgia?
Fibromialgia também pode ser de difícil tratamento. É importante encontrar um médico que seja familiarizado como a fibromialgia e seu tratamento. Reumatologistas poderiam tratar a fibromialgia.O tratamento para a fibromialgia geralmente requer abordagem de equipe, que pode incluir seu médico, um fisioterapeuta e possivelmente outro profissional da saúde. Uma clínica de dor e reumatismo poderia ser um bom lugar para obter tratamento.O FDA (órgão americano que regula medicamentos) ainda não aprovou nenhum remédio para tratamento específico para a fibromialgia. Os médicos podem tratar a fibromialgia com remédios aprovados para outros propósitos. Remédios para dor e antidepressivos são geralmente usados no tratamento.

O que posso fazer para tentar me sentir melhor?
Há muitas coisas que você pode fazer para sentir-se melhor, incluindo:* Tomar os remédios como prescrito. * Ter sono suficiente. * Praticar exercícios físicos. * Alimentar-se bem. * Fazer mudanças no seu trabalho, se necessário.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Síndrome de DOWN

O que é?
A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.

Características Clínicas

A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome.

Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:

achatamento da parte de trás da cabeça,
inclinação das fendas palpebrais,
pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,
língua proeminente,
ponte nasal achatada,
orelhas ligeiramente menores,
boca pequena,
tônus muscular diminuído,
ligamentos soltos,
mãos e pés pequenos,
pele na nuca em excesso.

Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.
As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.
Citogenética
A maior parte dos indivíduos (95%) com trissomia do 21 tem três cópias livres do cromossomo 21; em aproximadamente 5% dos pacientes, uma cópia é translocada para outro cromossomo acrocêntrico, geralmente o 14, o 21 ou o 22. Em 2 a 4% dos casos com trissomia do 21 livre, há mosaicismo, isto é, uma linhagem de células com trissomia e uma linhagem de células normal na mesma pessoa.

Aconselhamento genético

Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.

Cuidados especiais

As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial.
Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.
Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.
Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.
Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.
Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.
Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.
Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.
Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.

Doença de Alzheimer


O que é?
A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.

Quais as causas da doença?

As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença:
Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.
Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.
Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal.
Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.

Sintomas

"Eu vivo me esquecendo..."
"Não me lembro onde deixei..."
"Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas."
"Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário...Doutor, meu pai se perdeu..."
São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa e melhora a convivência com o doente.
Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar em determinados momentos; às vezes, apresenta descuido da aparência pessoal, perda da iniciativa e alguma perda da autonomia para as atividades da vida diária.
Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares, pode apresentar incontinência urinária e fecal; torna-se incapaz para julgamento e pensamento abstrato, precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as outras atividades de higiene. Pode apresentar comportamento inadequado, irritabilidade, desconfiança, impaciência e até agressividade; ou pode apresentar depressão, regressão e apatia.
No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa, torna-se incapaz de qualquer atividade de rotina da vida diária e fica restrita ao leito, com perda total de julgamento e concentração. Pode apresentar reações a medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais. Na maioria das vezes, a causa da morte não tem relação com a doença e sim com fatores relacionados à idade avançada.

Diagnóstico

Uma das dificuldades em realizar um diagnóstico de Doença de Alzheimer é a aceitação da demência como consequência normal do envelhecimento.
O diagnóstico de Doença de Alzheimer é feito através da exclusão de outras doenças que podem evoluir também com quadros demenciais. Por exemplo:
Traumatismos cranianos
Tumores cerebrais
Acidentes Vasculares Cerebrais
Arterioesclerose
Intoxicações ou efeitos colaterais de medicamentos
Intoxicação por drogas e álcool
Depressão
Hidrocefalia
Hipovitaminoses
Hipotireoidismo

Tratamento

Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição. Antipsicóticos podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos, garantir a sua segurança e a dos que a rodeiam.
A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados.

Aneurisma Cerebral


O que é?

Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado.
Uma comparação de como se parece um aneurisma é a dilatação ou irregularidade da câmara de um pneu. Formam-se irregularidades na superfície da câmara e em um destes locais há ruptura da mesma com perda de ar sob pressão. Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura desta irregularidade da artéria cerebral e "vazamento" de sangue para um espaço virtual que existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.

Como se desenvolve?

A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais frequente entre a quarta e quinta década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.
Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve aneurisma, principalmente irmãos.
Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver aneurismas cerebrais.
Em torno de 20% dos pacientes com aneurisma cerebral apresentam mais do que um aneurisma
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete mélito (açúcar no sangue) e fumo.

O que se sente?

O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e "entupindo" pequenas artérias.

Como o médico faz o diagnóstico?

Os pacientes com aneurisma cerebral não roto apresentam dificuldade de diagnóstico por parte do médico. Os aneurismas não rotos não dão dor de cabeça. Algumas vezes apresentam-se como pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra. O especialista experiente deverá solicitar uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. Somente nos aneurisma muito grandes podemos fazer diagnóstico dos mesmo com uma tomografia computadorizada do encéfalo.
O diagnóstico de suspeição é feito pela história que o paciente conta quando o aneurisma é roto. Muitas vezes o paciente já chega em coma ao hospital. Cabe ao médico solicitar uma tomografia computadorizada do encéfalo que deve demonstrar sangue no espaço subaracnóide ou hematoma cerebral (coágulo dentro do cérebro).
Caso a tomografia computadorizada seja normal e o paciente apresente rigidez de nuca o médico procede a uma punção lombar para ver se há sangue no líquido que banha o cérebro e a espinha, chamado de "líquor". Nos pacientes com hemorragia por aneurisma cerebral o líquor - que é da cor da água - aparece avermelhado pelo sangue da hemorragia.

Como se trata?

O tratamento dos aneurismas não rotos deve ser avaliado, pois o risco anual da ruptura de um aneurisma é de 1,25 %, ou seja, o paciente pode escolher um momento adequado para o seu tratamento junto com seu médico.
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser tratados com máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito exclusivamente através da cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do aneurisma com clipes (grampos) metálicos. Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado de saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser perigosa. A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização por cateter, que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização.. Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nesses casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico. Recentemente foi desenvolvido novo material para tratar o aneurisma, chama-se Onyx. Trata-se de um líquido que se torna sólido no interior do aneurisma. O Onyx deverá substituir as molas de platina, mas sua utilização tem o mesmo conceito terapêutico.

Esclerose lateral amiotrófica(ELA)


O que é?
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) faz parte, junto com a Atrofia Muscular Espinal Progressiva e a Paralisia Bulbar Progressiva, de um grupo de doenças do neurônio motor (Atrofias Musculares Neurogênicas) de etiologia desconhecida, sendo distúrbios caracterizados por fraqueza muscular e atrofia por denervação.
Cinco a dez por cento dos casos são familiares, com herança autossômica dominante.
Nessa síndrome (ELA) clínica complexa, crônica e progressiva, os pacientes geralmente têm mais de 40 anos e a incidência da doença é maior em homens.

Como se desenvolve e o que se sente?

Câimbras são comuns e podem anteceder a fraqueza muscular e atrofia que se inicia pelas mãos, outras vezes pelos pés.
A doença se caracteriza por degeneração dos feixes corticospinais (via piramidal) e dos cornos anteriores da medula, motivos pelos quais poderão aparecer fraqueza muscular sem dores, atrofias musculares, fasciculações (movimentos involuntários visíveis em repouso) e espasticidade (contração súbita e involuntária dos músculos).
Este quadro começa lentamente a progredir, comprometendo finalmente os membros superiores e inferiores juntamente com a musculatura do pescoço e da língua, em alguns casos. O paciente pode manifestar dificuldade para deglutir, engolir a saliva e os alimentos (disfagia), apresentar perda de peso, e dificuldade na articulação das palavras (disartria).
A fala pode ser flácida ou contraída, podendo haver uma alternância desses dois aspectos. A dificuldade de deglutir resulta em sialorréia (salivação), enquanto as dificuldades de respirar levam a queixas de cansaço.
A morte ocorre geralmente dentro de dois a cinco anos, sendo que 20% dos pacientes sobrevivem seis anos.

Diagnóstico

Ao realizar o diagnóstico, é necessário afastar possibilidades de compressões medulares, seja por tumores da medula espinal ou patologias raquidianas. Miopatias, atrofia por escoliose cervical, disco intervertebral roto, malformações congênitas da coluna cervical e esclerose múltipla devem ser excluídos como causa da atrofia muscular.
Exames como Tomografia Computadorizada (CT) e Ressonância Magnética Raquidemular (RNM) e Eletroneuromielografia são elementos de peso para corroborar os achados clínicos. É bom lembrar que os sistemas sensitivos, os movimentos oculares voluntários e as funções intestinais e urinárias costumam ser normais.

Tratamento

Não existe tratamento específico.
Cuidados gerais, físicos e psíquicos se impõem, notando-se que até o presente momento os medicamentos chamados específicos são de pobres resultados.
Fisioterapia deve ser planejada para ajudar o paciente a se exercitar, fazer alongamento e manter alguma flexibilidade. Um terapeuta ocupacional pode providenciar dispositivos adaptados às deficiências do paciente para que ele possa manter uma relativa independência funcional. Devem ser organizados, à medida que aumentam as dificuldades de fala do paciente, esquemas ou artifícios que o ajudem a se comunicar com os familiares, amigos, enfermagem e auxiliares.
Um pneumologista é de grande auxílio para determinar quando técnicas de ventilação não-invasivas serão necessárias devido aos sintomas pulmonares e em dar assistência e cuidados a longo prazo aos pacientes que escolherem tornar-se dependentes de ventilação controlada.
Esta enfermidade não compromete as funções cerebrais, o que torna a evolução mais dolorosa para o paciente e os acompanhantes.

Enfizema pulmonar


O que é ?
É uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito distendidos).
Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo dióxido de carbono. Como resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas ou exercitar-se.

Como se desenvolve ?

A doença inicia com a destruição de diminutos sacos de ar (alvéolos) que compõe os pulmões. Nas áreas destruídas, não ocorrem as trocas gasosas de maneira satisfatória, fazendo com que diminua a quantidade de oxigênio circulante no sangue e, então, surge a falta de ar. Os pulmões também perdem a elasticidade, tornando mais difícil a saída do ar após cada inspiração. A quase totalidade dos casos é causada pelo tabagismo. Poucos casos são devidos à deficiência de alfa-1-antripsina, que é uma enzima produzida nos pulmões.
Cerca de 10-15% dos fumantes mais suscetíveis ao efeito nocivo do fumo é que desenvolvem a doença. À medida que vão fumando, vão piorando a sua capacidade pulmonar. Os fumantes, na maioria das vezes, passam a sentir as alterações causadas pela doença só após vários anos.

O que se sente ?

A principal característica da doença é a falta de ar.
Na maioria das vezes, são tabagistas de longa data, que, em torno dos 65 anos de idade, passam a sentir falta de ar para fazer esforços. A falta de ar no início só é notada para os grandes e médios esforços (subir escadas ou caminhar são exemplos). Mantendo o hábito do fumo, poderão chegar a uma fase mais avançada da doença, em que falta de ar surge com tarefas simples como tomar banho, se vestir ou se pentear, por exemplo. Neste momento, muitos tornam-se incapacitados para o trabalho e passam a maior parte do tempo na cama ou sentados para não sentir falta de ar. A pessoa poderá também experimentar a necessidade de dormir com travesseiros mais altos por causa da falta de ar.
A tosse e o chiado no peito também podem ocorrer, mas são mais freqüentes nos fumantes, nos quais predomina a bronquite crônica, e não o enfisema pulmonar.
Já nos casos de enfisema pulmonar por deficiência de alfa-1-antitripsina (enzima produzida pelo pulmão), a doença se desenvolve mais cedo, mesmo sem exposição ao fumo.

Como o médico faz o diagnóstico ?

O médico faz o diagnóstico, na maioria dos casos, baseado na longa exposição ao tabaco referida pelo paciente, associada às queixas e às alterações detectadas no exame físico.
Pode haver o auxílio de exames complementares, como exames de imagem (radiografia e tomografia computadorizada do tórax), exames de sangue e espirometria. Este é um teste de função pulmonar que mede a capacidade de ar de pulmões, dando uma boa idéia do seu funcionamento.
Os exames complementares ajudam a estabelecer o nível de gravidade da doença e, portanto, auxiliam na decisão do melhor tratamento para cada caso.
Para os casos de enfisema por deficiência de alfa-1-antitripsina, faz-se necessária a dosagem desta enzima no sangue, que estará abaixo do normal.

Como se trata ?

A meta do tratamento é aliviar os sintomas do doente e prevenir a progressão da doença. Alguns casos podem ter melhora parcial com o uso de medicações. Podem ser usados corticóides ou broncodilatadores, por via oral ou inalatória. A via inalatória é a preferida por ter efeito mais rápido e contabilizar menos efeitos indesejáveis. Nas emergências, as medicações através de injeções também podem ser utilizadas.
É importante salientar que, diferentemente da asma e da bronquite crônica, as pessoas com enfisema não costumam melhorar ou têm pouco benefício com uso de broncodilatadores.
No entanto, muitos podem ser beneficiados com a terapia de reabilitação, que ensina os enfisematosos a usar a sua energia de uma forma eficiente, de maneira que ocorra um gasto menor de oxigênio. Assim, as pessoas tornam-se mais preparadas para as atividades diárias.
A terapia com oxigênio (oxigenoterapia) também beneficia muitas pessoas, melhorando a expectativa de vida em vários casos, especialmente naqueles com doença avançada.
Em casos selecionados, poderão ser realizadas as cirurgias redutoras de volume pulmonar. São removidas áreas mais comprometidas de um ou ambos pulmões, com o intuito de melhorar a mecânica respiratória, resultando numa melhora dos sintomas e no dia a dia das pessoas.

Como se previne ?

Não há maneira, até agora, capaz de definir os indivíduos que serão suscetíveis ao desenvolvimento da doença com o hábito do fumo. Só podemos, através da espirometria, identificar a perda de função pulmonar nas pessoas que fumam e aconselha-las a parar.
Além de evitar o tabagismo, outra forma de se prevenir é reduzir a exposição a poluição do ar.
Quanto mais cigarros por dia ou mais anos fumando, maior a chance de desenvolvimento da doença. A forma de se prevenir é não fumar.

A interrupção do tabagismo também é benéfica em qualquer fase da doença, pois não acelera a progressão da mesma.

Brônquite crônica

O que é?

Esta doença é definida quando há presença de tosse com muco (catarro) na maioria dos dias do mês, em 3 meses do ano, por dois anos sucessivos, sem outra doença que explique a tosse. Quase todos os casos da doença ocorrem pelo efeito nocivo do fumo nos pulmões por vários anos, o que determina uma inflamação da mucosa dos brônquios (tubos que espalham o ar dentro dos pulmões). A bronquite crônica pode preceder ou acompanhar o enfisema. Ela afeta pessoas de todas as idades, mas, geralmente, aquelas com mais de 45 anos.

Como se desenvolve?

A bronquite crônica surge, na maioria dos casos, após 20 a 30 anos de exposição das vias aéreas (brônquios) a irritantes como o fumo, poluição do ar e outras fontes.
Estes fazem com que ocorram modificações na mucosa dos brônquios. A mucosa é o revestimento interno destes tubos que dão passagem ao ar.
Na bronquite crônica , ocorre uma hipertrofia (aumento) nas glândulas que fazem o muco e uma inflamação nos bronquíolos (brônquios de diminuto diâmetro) que limita o fluxo de ar. Quando há uma piora na inflamação – como nas infecções dos brônquios por bactérias – a produção de muco aumenta consideravelmente.
Atualmente, usamos mais o termo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) quando nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar, pois elas, geralmente, coexistem no mesmo doente e apresentam obstrução ao fluxo de ar.
Todas estas alterações determinam os sintomas e sinais da doença.

O que se sente?

tosse;
expectoração de muco (catarro);
encurtamento da respiração (falta de ar);
febre pode ocorrer quando a pessoa com bronquite crônica estiver com uma infecção respiratória associada;
chiado no peito (sibilância) pode ocorrer nas exacerbações (crises) da doença;
cianose - coloração azulada da pele, mais comumente visualizada na face e nas mãos;
inchaço nos pés e nas pernas pode ocorrer pela piora nas condições de trabalho do coração, em decorrência de uma bronquite muito grave.

Como o médico faz o diagnóstico?

Os dados referidos pelo paciente são os mais importantes para o diagnóstico da doença.
O relato de tabagismo de longa data, associado à tosse crônica com produção de muco, torna o diagnóstico muito provável.

O exame físico também poderá ajudar.
Além disso, o médico poderá solicitar uma radiografia do tórax que costuma demonstrar alterações compatíveis com a bronquite crônica, além de excluir outras doenças.
Exames de sangue podem auxiliar no diagnóstico da doença, além de também poder indicar a sua gravidade. A espirometria também pode fazer isso. Ela mostrará como está a capacidade pulmonar e os fluxos de ar do indivíduo. Para se fazer este exame se realiza a seguinte manobra: com a boca conectada ao tubo do aparelho, o paciente enche totalmente os pulmões de ar e depois assopra vigorosamente até esvaziar os pulmões. É o exame mais importante, pois naquela pessoa que fuma há vários anos e não nota nenhuma alteração no seu dia-a-dia e possui uma radiografia normal (ou praticamente normal), a espirometria pode acusar uma diminuição no fluxo de ar. Com isso, pode-se evitar o surgimento de casos da doença, se o indivíduo abandonar o fumo quando ficar constatado no exame a perda de função pulmonar em curso.

Como se trata?

Uma medida importante para iniciar o tratamento é eliminar os irritantes, como o fumo ou poeiras tóxicas inaladas.
Parar de fumar para aquelas pessoas com uma bronquite crônica bem estabelecida, não fará com que a doença melhore, mas, certamente, ajudará a desacelerar sua progressão.
Alguns pacientes podem beneficiar-se com o tratamento com corticóides, que são medicamentos utilizados na tentativa de controlar a inflamação crônica dos brônquios e, assim, minimizar os sintomas da doença.
Outra classe de medicação importante são os broncodilatadores. Eles podem melhorar o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, turbohaler (dispositivo semelhante às bombinhas que dispensa uma boa coordenação motora do usuário), nebulímetros, cápsulas para a inalação, comprimidos ou xaropes. Os nebulímetros são os sprays (bombinhas) e têm a vantagem de poderem ser utilizados tanto em casa quanto fora, além de apresentarem menor freqüência de efeitos indesejáveis. São também mais práticos, pois os pacientes podem carregá-los na bolsa ou no bolso.
A maioria das pessoas poderá se beneficiar com os exercícios da terapia de reabilitação, que fazem com que os pacientes sejam capazes de utilizar a sua energia mais eficientemente ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigênio.

A oxigenoterapia (uso de oxigênio em casa), quando necessária, também poderá melhorar os sintomas dos doentes, além de aumentar a expectativa de vida.
Além disso, o grande número de antibióticos disponíveis ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando resultam de uma infecção nos brônquios.

Como se previne?

Entre 80% e 90% dos casos de bronquite crônica, resultam do tabagismo.
Assim, a principal medida preventiva é não fumar. O médico deverá oferecer ao seu paciente auxílio neste sentido, podendo ou não usar medicações auxiliares. A reposição de nicotina seja por gomas, adesivos ou outros recursos podem ser utilizados.
Há também a bupropiona, um medicamento que vem sendo utilizado com sucesso, que tem o efeito de diminuir os sintomas de abstinência ao fumo.
Na bronquite crônica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe, uma vez que esta pode piorar a doença. Com este mesmo objetivo, está indicado também o uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções respiratórias, entre elas, a pneumonia. Deve ser feita uma única vez e, em casos isolados, poderá ser repetida depois de cinco anos.

Atelectasia pulmonar

O que é?

É o colapso de parte ou de todo pulmão. Ou seja, o pulmão "murcha" numa parte ou na sua totalidade por um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de maior ou menor calibre (brônquio ou bronquíolo, respectivamente). Os brônquios são tubos que dão passagem ao ar, espalhando-o por todo o pulmão.

Como se desenvolve?

A atelectasia pode surgir por mecanismos diferentes.
O acúmulo de secreções nos brônquios pode bloquear a passagem do ar, levando ao colapso parcial ou total do pulmão afetado.
Quando algum objeto, inadvertidamente, entra na via aérea e chega ao brônquio, a atelectasia poderá ocorrer. Isto costuma acontecer mais com as crianças, quando engolem algum brinquedo ou outro objeto pequeno.
Os tumores pulmonares podem crescer dentro de um brônquio ou pressioná-lo externamente, causando, em alguns casos, a atelectasia parcial ou total do pulmão.
Pacientes que sofrem uma anestesia geral, que tem alguma doença pulmonar crônica ou que ficam muito tempo acamados podem, eventualmente, apresentar uma atelectasia.
Num adulto, a atelectasia geralmente não é uma situação ameaçadora à vida, já que as partes do pulmão que não foram comprometidas fazem uma compensação da perda de função da área afetada. Por outro lado, a mesma situação num bebê ou numa criança pequena pode representar uma ameaça à vida.

O que se sente?

Os sintomas associados a essa situação podem estar presentes ou não. Dependerá, principalmente, do tamanho da área afetada do pulmão e da presença ou não de doenças concorrentes. A atelectasia pulmonar poderá estar acompanhada de dor torácica, tosse ou dificuldade para respirar.

Como o médico faz o diagnóstico?

Através de exames de imagem, como a radiografia ou tomografia computadorizada do tórax, o médico poderá fazer o diagnóstico. A atelectasia, ao exame físico do paciente, poderá ser suspeitada na minoria dos casos. Isto porque terá de haver um colapso pulmonar de uma área extensa do pulmão para que surjam alterações no exame físico.
A broncoscopia - exame que observa a parte interna dos pulmões através de um aparelho flexível dotado de fibras ópticas e lentes - é capaz de detectar o bloqueio da passagem de ar (do brônquio) e sua causa.

Como se trata?

O tratamento deverá ser escolhido de acordo com a causa da atelectasia, com o objetivo de expandir novamente ("inflar") o pulmão.
Nos casos de acúmulo de secreções, a fisioterapia pulmonar para a mobilização das secreções e a broncoscopia para a aspiração dessas será o tratamento mais indicado.

A fisioterapia poderá utilizar-se de exercícios respiratórios, tapotagem (pequenos golpes com os punhos nos pulmões), drenagem postural (colocando o indivíduo numa posição que favoreça a saída das secreções), cinesioterapia e vibradores.
Quando houver alguma infecção bacteriana (por bactérias) associada ao excesso de secreções, os antibióticos deverão ser indicados. Além desses, os mucolíticos (medicamentos que facilitam a expectoração das secreções) poderão ser utilizados nas infecções respiratórias, sejam elas virais ou bacterianas.
Nos casos de corpo estranho na via aérea (objetos), a broncoscopia deverá ser realizada para fazer a remoção. Se não for exitosa, a cirurgia deverá ser realizada.
Quando a causa da atelectasia for um tumor, o tratamento dele deverá solucionar a atelectasia.

Como se previne?

Manter os pequenos objetos longe do alcance das crianças é uma maneira de prevenir as atelectasias causadas por corpo estranho. Da mesma forma, os pais deverão ter cautela na escolha dos brinquedos que devem ser adequados à idade da criança.
Evitar longos períodos deitado na cama também é importante para prevenção das atelectasias, principalmente após cirurgias. Neste mesmo sentido, a fisioterapia também poderá ser necessária. Ela pode ser utilizada para a prevenção das atelectasias.
Nos adultos, principalmente idosos, deverão manter acompanhamento com dentista para que não ocorram aspiração de dente ou prótese mal fixada para os pulmões.

Complicações

A pneumonia é uma complicação que pode se desenvolver poucos dias após o surgimento de uma atelectasia. Portanto, é importante a resolução do problema.

LESÃO MEDULAR



O termo lesão medular é utilizado para se referir a qualquer tipo de lesão que ocorra nos elementos neurais do canal medular. Em uma lesão medular alta, a seqüela, muitas vezes é a tetraplegia, sendo necessário um tratamento fisioterapêutico para prevenir retrações e hipotrofias musculares; tendo também como aparato, a utilização de órteses para deixar o paciente o mais independente possível, devolvendo de forma limitada, mas tornando seu movimento funcional.





Os termos usados para descrever esses pacientes indicam o nível geral da lesão de coluna vertebral e da perda da função e podendo ser classificados dentro de dois esquemas básicos (López, 2001).


Tetraplegia

Quando existe evidências da perda funcional e sensitiva acima ou ao nível neurológico de C8, com demonstração desta perda em extremidade superior. Refere-se a diminuição ou perca da função sensitiva e/ou motora nos segmentos cervicais da medula devido a danos dos elementos neurais dentro do canal medular. Tetraplegia resulta em diminuição funcional de membro superior assim como troncos pernas e órgão pélvicos. As lesões do plexo braquial ou nervos periféricos fora do canal medular não são tidos como tetraplegia (López, 2001).

Paraplegia

É descrita como perca funcional abaixo do nível de C8 e representa uma faixa extensa de disfunções neuromusculares. Refere-se a diminuição ou perca da função motora e/ou sensitiva dos segmentos torácicos, lombares ou sacrais no cordão medular, secundária a lesão de elementos neurais dentro do canal medular. Na paraplegia, a função do membro superior está preservada, mas dependendo do nível de lesão, o tronco, as pernas e os órgãos pélvicos podem estar comprometidos (López, 2001)

Lesão Medular Incompleta

As funções motora e sensitiva estão preservadas ao nível de segmento sacral. Estão incluídas nessas sensações sacrais uma profunda sensação anal e a contração voluntária da musculatura do esfíncter anal é utilizada para demonstrar se a função está ou não preservada. Clinicamente são denominadas síndromes ou lesões (López, 2001).

Lesão Medular Completa

Não há função motora ou sensitiva preservada ao nível de segmento sacral. O Nível neurológico é dado como sendo o nível mais baixo onde ainda é encontrada alguma evidência de função ou sensação muscular sem preservação, no entanto, da funcionabilidade da área sacral. Descreve o caso em que toda a comunicação neuronal é interrompida, como ocorre na transecção completa da medula espinhal (López, 2001).

Nível Neurológico

Refere-se ao mais baixo segmento da medula com sensibilidade e função motora normal e em ambos os lados do corpo (Sullivan, 1993).

Nível Sensitivo e Motor

"Nível sensitivo" refere-se ao mais baixo segmento da medula que apresenta funções sensitivas normais em ambos os lados do corpo. "Nível motor" apresenta funções motoras normais (Sullivan, 1993).

Dermátomos

Raízes nervosas que recebem informações sensitivas determinadas áreas da pele (Sullivan, 1993).

Miótomo

Coleção de fibras nervosas inervadas pelo axônio motor está dentro de cada nervo segmentar (Sullivan, 1993).





INDICAÇÃO DE ÓRTESES PARA LESADO MEDULAR:

COLETE ELÁSTICO TIPO PUTTI ALTO
Indicações: Estabilização da região dorso-lombo-sacra em casos de hérnias de disco, traumatismos, fraturas provenientes de osteoporoses e outras afecções da região, estabilização do tronco no lesado medular.

COLETE TIPO PUTTI COM BARBATANAS DE AÇO
Indicações: Estabilização da região dorso-lombo-sacra em casos de hérnias de disco operáveis ou não, fraturas osteoporóticas e outras afecções da região, estabilização do tronco no lesado medular.

Cinta-Colete Elástico com Barbatanas de Duralumínio
Indicações: Estabilização da coluna dorso-lombar em artroses, traumatismos, escolioses dolorosas, fraturas osteoporóticas e outras afecções da região. Estabilização do tronco no lesado medular.

Colete Elástico Lombo-Sacro Putti Baixo
Indicações: Estabilização da coluna lombo-sacral em casos de contratura para-vertebral pós-traumática, artroses, espondilolisteses, lordoses, pós-operatórios e outras afecções da região. Estabilização do tronco no lesado medular.

Colar Cervical
Indicações: Traumatismos, torcicolos, artrites, artroses e outras afecções da coluna cervical no lesado medular.




Função da Medula
· O corpo mexe por ordem do cérebro sobre a comunicação da medula, assim como as informações da sensibilidade (calor, dor, etc) chegam ao cérebro pela medula.
· A medula é o canal principal da comunicação do cérebro para o corpo.


Complicações mais freqüentes

=Deformidades
· Ocorrem nos membros ou partes do troco, quando instaladas apenas a correção cirúrgica pode solucionar.

Fontes causadoras:

· Mal posicionamento.
· Ausência de movimentação articular, ativa oupassiva.
· Edema por imobilização.
· Microhemorragias, provenientes de movimentos bruscos e excessivos.
· Espasticidade.

Conseqüências:

· Redução da amplitude do movimento.
· Encurtamento e contraturas musculares e/ou articulares.
· Dor ao movimento.
· Edema.

Locais mais freqüentes:

· Membros inferiores.
· Pé eqüino (pé de bailarina).
· Adução da coxa.
· Flexão do hálux.
· Flexão do quadril e joelho.
Membros superiores
· Flexão dos cotovelos.
· Extenção e supinação do punho.
· Flexão dos dedos.

Tronco:
· Cifose.
· Escoliose.

O que fazer:

· A prevenção é o melhor tratamento.
· Posicionamento adequado.
· Exercícios passivos.
· Uso de órteses.
· Tratamento cirúrgico.

domingo, 13 de junho de 2010

ASMA

É uma doença pulmonar crônica, caracterizada por uma hiperreatividade brônquica das vias aérea inferiores, com obstrução do fluxo aéreo. Ela se caracterizada por fatores genéticos {familiares}, fatores externos (cheiro forte, processos alérgicos), ambientais (inalação de ar frio aos esforços), entre outros.

Como se desenvolve?

As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato com qualquer "gatilho" (estímulo).
Dentre estes, os mais comuns são:
-alterações climáticas,
-o contato com a poeira doméstica,
-mofo,
-pólen,
-cheiros fortes,
-pêlos de animais,
-gripes ou resfriados,
-fumaça,
-ingestão de alguns alimentos ou
-medicamentos.

A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios).
Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
De qualquer forma, cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.
Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração.
Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também podem estar implicadas em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.
A asma brônquica pode iniciar em qualquer etapa da vida.
Na maioria das vezes, inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida.

O que se sente?


ASMA
Sinônimos:
Asma brônquica, bronquite asmática.
O que é?
A asma brônquica é uma doença pulmonar freqüente e que está aumentando em todo o mundo.
Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória.
Este estreitamento é reversível e pode ocorrer em decorrência da exposição a diferentes fatores desencadeantes ("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicações.
As vias aéreas são tubos que dão passagem ao ar. Elas iniciam no nariz, continuam como nasofaringe e laringe (cordas vocais) e, no pescoço, tornam-se um tubo largo e único chamado traquéia.
Já no tórax, a traquéia divide-se em dois tubos (brônquios), direito e esquerdo, levando o ar para os respectivos pulmões.
Dentro dos pulmões, os brônquios vão se ramificando e tornam-se cada vez menores, espalhando o ar.
Como se desenvolve?
As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato com qualquer "gatilho" (estímulo).
Dentre estes, os mais comuns são:
alterações climáticas,
o contato com a poeira doméstica,
mofo,
pólen,
cheiros fortes,
pêlos de animais,
gripes ou resfriados,
fumaça,
ingestão de alguns alimentos ou
medicamentos.
A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios).
Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
De qualquer forma, cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.
Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração.
Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também podem estar implicadas em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.
A asma brônquica pode iniciar em qualquer etapa da vida.
Na maioria das vezes, inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida.
O que se sente?
Caracteristicamente, nesta doença os sintomas aparecem de forma cíclica, com períodos de piora. Dentre os sinais e sintomas principais, estão:
-tosse - que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro). Na maioria das vezes, não tem expectoração ou, se tem, é tipo "clara de ovo";
-falta de ar
-chiado no peito (sibilância)
-dor ou "aperto" no peito

Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.
A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.


Tratamento Fisioterapêutico

Nossa equipe está preparada para atender adultos ou crianças portadoras desta patologia, realizando um trabalho conjunto de exercícios respiratórios associados a orientações ao paciente e familiares, visando a diminuição dos processos reativos (crises), aumentando o tempo das intercrises.
Em crianças com idade muito baixa, trabalhamos com exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem posturais, e inalações, com estimulo de tosse se necessário.
Crianças que já tenham idade para realizar os exercícios de maneira ativa, ou adultos portadores, enfatizamos mais os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Somos preparados a realizar em alguns casos, um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados.
Exercícios com peso em membros superiores, e inferiores, e uso de incentivadores respiratórios (Respiron / Voldine), podem ser utilizados em estágios mais avançados do tratamento, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico, aliado à resistência pulmonar, vitais para a diminuição das crises asmáticas.
Em estágios mais agudos da crise asmática, possuímos toda a linha de aparelhos de pressão positiva {CPAP / BIPAP}, capaz de oferecer um suporte ventilatorio ao paciente, gerando maior conforto e segurança durante o tratamento domiciliar, orientando também os familiares, sobre a utilização destes aparelhos, caso haja necessidade de uso, durante uma crise inesperada.
Nosso objetivo é dar todo o suporte necessário ao paciente asmático, sem que o mesmo deixe sua residência ou a presença de seus familiares.
O que é?

A doença de Parkinson é numa afecção neurodegenerativa, a doença desenvolvem-se qaundo os neurônios de certa área do cérebro denominada substância negra morrem ou tornam-se não funcionantes. Esses neurônios produzem uma substância chamada dopamina, que é um importante mensageiro químico, ou neurotransmissor. Costuma aparecer depois dos 60 anos mas 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40.

Sintomas

Esta doença é insidiosa, podendo começar às vezes com um tremor, outras vezes com falta de mímica facial, diminuição do piscar, olhar fixo, movimentos lentos (bradicinesia).
A voz poderá ser monótona, escorrendo com facilidade saliva pelos cantos da boca. A pele, principalmente a facial, é lustrosa, "graxenta" e seborréica.
A marcha fica cada vez mais difícil, com passos pequenos, arrastando os pés, com os braços encolhidos, tronco inclinado e, em casos avançados a pessoa aumenta a velocidade da marcha para não cair (festinação). Outras vezes, pode ficar parado (congelado) com enorme dificuldade para se colocar em movimento.
Os tremores, que são involuntários, em uma ou em várias partes do corpo, se caracterizam pelos três "R" - Regular, Rítmico e de Repouso. Também se caracterizam por diminuir com os movimentos voluntários, se manifestando sobretudo nas mãos.
Como existe uma hipocinesia, que se caracteriza por um déficit dos movimentos automáticos, o paciente fica como que parado, estático, com os movimentos voluntários lentos, diminuindo a capacidade inclusive de escrever, ficando a letra pequena (micrografia) e a linguagem monótona e às vezes ininteligível.


Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico na fase inicial, muitas vezes não é fácil, sendo que, como de costume, o mesmo deverá ser realizado por um médico, preferencialmente neurologista, que dirá se a causa é idiopática (causa desconhecida), ou se é devido a outras causas. Os sintomas acima referidos podem ser devidos a medicamentos variados (fenotiazinas, haloperidol, reserpina, lítio, cinarizinas, flunarizina), porém, nesse caso, não costumam ser tão intensos.
Intoxicação por monóxido de carbono ou manganês, infartos cerebrais dos gânglios de base, hidrocefalia, traumatismos cranioencefálicos, encefalites, podem ser a causa desta doença, que tem tratamento e controle, porém não cura.

Tratamento fisioterápico

Nossa equipe de fisioterapeutas atua em todas as fases do Parkinson, com objetivo de melhorar as força muscular, melhora da coordenação dos movimentos do dia a dia, como escovar os dentes e pentear os cabelos e a melhora do equilíbrio durante a deambulação (caminhada).
O paciente com Parkinson, geralmente está sujeito a infecções respiratórias, que ocorrem mais com os pacientes acamados. Nestes casos, a fisioterapia atua na manutenção da higiene brônquica, estimulo a tosse, exercícios respiratórios reexpansivos e, em casos mais graves, onde há comprometimento da musculatura respiratória, trabalhamos com os mais avançados aparelhos de ventilação mecânica (BIPAPs / CPAPs), visando a otimização da ventilação pulmonar, com conseqüente melhora do desconforto respiratório.

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

O que é?

O AVE ou popularmente conhecido como derrame encefálico, pode ser compreendido como uma dificuldade em maior ou menor grau do fornecimento de sangue e seus constituintes para uma determinada área do cérebro. Ele ocasiona uma lesão parcial ou total dessa área atingida tendo como conseqüência a perda ou diminuição das respectivas funções, funções essas que causar danos na parte de coordenação dos membros superiores e inferiores, entre outras alterações.

Existem basicamente 2 tipos de AVC: Isquêmico: quando não há passagem de sangue para uma determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução do fluxo sanguíneo. Hemorrágico: quando o vaso sanguíneo se rompe ocorrendo o extravasamento do sangue.


Tratamento

O trabalho de reabilitação fisioterápica realizado por nossa equipe é composto de um conjunto de procedimentos, exercícios e técnicas que visam restabelecer ao máximo possível, uma função perdida, evitar deformidades em articulações ou popularmente conhecidas como juntas e adaptar o paciente em suas novas limitações.

O principal objetivo do fisioterapeuta em um quadro de AVC é:

-Minimizar os efeitos das anormalidades do tônus muscular.
-Manter uma amplitude de movimento o mais normal possível para impedir deformidades.
-Reeducação de mobilidade nas atividades funcionais básicas como, troca de posição na cama, sentar, e realizar transferências.
-Promover a conscientização corporal, estimulando o máximo possível o lado hemiplégico (paralisado).
-Melhora do equilíbrio em pé e reeducação da marcha {andar}.

Intervenção da família na reabilitação.

Faz parte de nossa missão, promover a integração entre nossa equipe de fisioterapeutas e a família do paciente, para proporcionar ao paciente uma melhor recuperação e da melhora da qualidade de vida. Assim, através de um programa de treinamento e participação do familiar, o paciente irá ter uma melhor evolução e adaptação, tanto em relação aos seus limites, aceitando a sua nova realidade de sua vida diária.

OSTEOARTROSE

O que é?
Osteoartrose(OA), ou doença degenerativa da articulação, é a forma mais comum de artrite. Afeta freqüentemente as pessoas a partir da meia-idade e, envolve o pescoço, coluna lombar, joelhos, quadris, e articulações dos dedos, principalmente das mãos. Quase 70% das pessoas acima de 70 anos, tem evidência radiográfica desta doença, mas só a metade destas desenvolvem sintomas. Também pode acontecer em articulações traumatizadas previamente de modo prolongado e excessivo, por infecções, ou mesmo por processos inflamatórios crônicos.

Causa
A Osteoartrose é o resultado da degeneração da cartilagem articular, sendo atualmente considerada como tendo uma causa multifatorial Alguns tipos de AO são reconhecidamente hereditários, sendo inclusive a forma mais comum (NODAL - aquela que apresenta alargamento/aumento das articulações dos dedos), aí incluída. Esta anormalidade genética encontrada, causa um distúrbio na formação das proteínas (aminoácidos), provocando uma degeneração precoce na cartilagem. As pesquisas atuais estão enfocando muito este lado da AO e, associado aos estudos celulares, químicos e funcionais das cartilagens, estão criando um novo entendimento desta patologia.

Impacto na Saúde A osteoartrose afeta mais de 16 milhões de pessoas. É considerado o tipo mais comum de artrite.Virtualmente todo mundo acima de 75 anos é afetado em pelo menos uma articulação.As mulheres geralmente são afetadas mais precocemente que os homens.

Diagnóstico

A osteoartrose deve ser suspeitada quando há sintomas de dor nas articulações normalmente acometidas, em pacientes acima de 60 anos (na média). Pode ser confirmada por um exame físico e radiografias. Devem ser afastadas outras causas de artrite, assim como também pode estar coexistindo com outras patologias articulares.

Tratamento
A terapia para osteoartrose inclui tanto tratamentos farmacológicos, como não medicamentosos, que visam não somente aliviar a dor, mas sobretudo preservar a função daquela articulação acometida. Analgésicos simples (acetaminophen), drogas anti-inflamatórias (piroxican, diclofenacos, ibuprofeno, etc.,), podem ser utilizados sempre que necessários. O uso de corticosteroides em cursos intermitentes, pode ajudar nos casos mais rebeldes. Terapias não farmacológicas incluem a educação paciente, buscando uma melhor compreensão da doença em si.

Tratamento fisioterapêutico
Exercícios de amplitude articular, alongamentos e reforço muscular posteriormente, são fundamentais dentro da visão preventiva da sintomatologia dolorosa. A redução de peso é necessária quando existe acometimento das articulações de carga (coxofemurais, joelhos e tornozelos). Procedimentos fisioterápicos (compressas, quentes , frias, eletroterapia, etc.) no alívio do processo inflamatório e analgesia são importantes na fase aguda.
A cirurgia pode ser indicada nos casos de colocação de próteses de substituição, correção de defeitos incapacitantes, ou mesmo para dores refratárias, mas sempre buscando a melhoria da função do paciente.

ESCLEROSE MÚLTIPLA

O que é esclerose múltipla

Esclerose múltipla é uma doença crônica que afeta o cérebro e cordão espinhal. A esclerose múltipla pode causar vários sintomas, incluindo alteração nas sensações, problemas visuais, franqueza muscular, depressão e dificuldades de fala e coordenação. Embora muitos pacientes tenham uma vida plena e recompensadora, a esclerose múltipla pode causar problemas de mobilidade e incapacidade em casos mais severos.
Esclerose Múltipla afeta os neurônios, os quais são células do cérebro e cordão espinhal que carregam informações, criam o raciocínio e perpecpção e permitem ao cérebro controlar o corpo. Há uma camada de gordura que envolve e protege esses neurônios e os ajudam a carregar sinais elétricos. A esclerose múltipla causa a destruição gradual dessa camada e a divisão dos neurônios em pedaços pelo cérebro e coluna espinhal, o que ocasiona vários sintomas dependendo de quais sinais foram interrompidos. Acredita-se que a esclerose múltipla resulte do ataque do sistema imunológico da pessoa ao sistema nervoso, desta forma sendo caracterizada com uma doença auto-imune.

Formas de esclerose múltipla

A esclerose múltipla pode ter várias formas diferentes, com sintomas novos ocorrendo em ataques discretos ou aparecendo lentamente com o tempo. Embora saiba-se bastante como a esclerose múltipla causa danos, sua causa exata continua desconhecida. Até agora a esclerose múltipla não tem cura, porém há vários tratamentos disponíveis que podem diminuir o aparecimentos de novos sintomas. Esclerose múltipla afeta principalmente adultos, geralmente tendo início quando a pessoa tem entre 20 e 40 anos de idade, e é mais comum em mulheres do que em homens.

Causas da esclerose múltipla

Embora saiba-se muito sobre os mecanismos envolvidos no processo da esclerose múltipla, sua causa permanece de difícil compreensão. A teoria mais aceita é de que ela resulta de ataques ao sistema nervoso central pelo próprio sistema imunológico do organismo. Alguns acreditam que a esclerose múltipla é uma doença metabolicamente dependente, enquanto outros acham que ela pode ser causada por um vírus como o Epstein-Barr. Há ainda os que acreditam que sua pouca prevalência nos trópicos aponta para uma deficiência de vitamina D na infância.

Cura e tratamento da esclerose múltipla
A esclerose múltipla não tem cura, mas várias terapias de tratamento mostraram ajudar. O tratamento para esclerose múltipla busca o retorno das funções após um ataque, evitar novos ataques e prevenir a incapacitação. Como muitos tratamentos, a medicação de vários efeitos colaterais e muitas terapias ainda estão sob investigação.

Prognóstico de pacientes com esclerose múltipla

O prognóstico para pacientes de esclerose múltipla depende do sub-tipo da doença, características individuais, sintomas iniciais e grau de incapacitação que a pessoa sobre à medida que o tempo avança. Porém, a expectativa de vida de pessoas com esclerose múltipla é quase a mesma da população não afetada e em muitos casos é possível uma vida normal.